domingo, 15 de janeiro de 2012

Tudo Pelo Poder - Melhores filmes de 2011

★★★★★
Excelente

Roteiro bem amarrado, boas atuações, direção decente de George Clooney e personagens interessantes e relativamente bem desenvolvidos - a história se passa em pouco tempo e tem vários personagens). Com esses elementos, "Tudo Pelo Poder" consegue ser um dos melhores filmes do ano, mesmo tratando de um tema que a primeira vista pode fazer com que a maioria das pessoas torça o nariz.
O fillme não chega a ser inovador e nem grandioso - e nem tem intenção de ser. Afinal, um filme com tantas estrelas ter um orçamento de $12 milhões (baixo para os padrões de Hollywood) não é sinal de pretensão. Mas cumpre tudo aquilo que promete: uma boa história sobre os bastidores de uma eleição americana, mostrando que, na política, não existem santos e que lealdade é algo relativo.

Acompanhamos a trajetória de Stephen Meyers (Ryan Gosling), um gênio da área de relações públicas que, aos 30 anos, já é uma das peças fundamentais na campanha do governador Mike Morris (George Clooney) nas primárias do partido Democrata para a disputa presidencial. Idealista, Stephen admira Morris, com quem divide várias das mesmas opiniões e ideias. Mas aos poucos Stephen percebe que idealismo e boas intenções não são garantias de sucesso na política. Quando fica claro que, para ganhar as primárias e sair como candidato democrata Mike Morris vai ter que se aliar e prometer um cargo de alto escalão para um Senador (Jeffrey Wright) que ele não confia, Morris e sua equipe tem que decidir entre perder a eleição mantendo a ideologia, ou sujar as mãos por um "bem maior" (escolha não muito difícil para Pullman, adversário de Morris). Morris resiste, mas a derrota não é uma opção para Paul Zara, (seu chefe de campanha, e patrão de Stephen, interpretado por Philip Seymour Hoffman) que o pressiona para fazer o acordo com o Senador.
Tudo fica mais difícil quando, ao mesmo tempo em que Stephen começa a ser pressionado pela jornalista Ida Horowicz (Marisa Tomei, em atuação discreta) que tem informações sobre seu encontro com Tom Duffy (Paul Giamatti, sempre bem) - o responsável pela campanha de Pullman -, ele descobre um segredo envolvendo Morris e sua estagiária, Molly (Evan Rachel Wood, ótima), que pode ser um golpe mortal não apenas para a candidatura de Morris, mas para toda sua vida política.
 A partir daí o filme tem suas reviravoltas que conseguem prender ainda mais a atenção de quem está vendo.

"The Ides Of March" (no original) é um prato cheio pra quem gosta de política. Na verdade, qualquer apreciador de um bom filme (independente de ser sobre política ou não) vai gostar da 4ª produção assinada por Clooney - e a melhor, com certeza.

E realmente 2011 foi o ano de Ryan Gosling. Depois de ter feito bons filmes como "Drive" e "Crazy, Stupid, Love", ele faz o seu filme mais maduro, conseguindo se destacar e passar segurança como protagonista em um elenco com nomes como Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti e George Clooney.
E, pelo papel de Stephen Meyers, Gosling foi indicado ao Globo de Ouro de melhor ator de Drama, assim como ator de Comédia, por "Crazy, Stupid, Love".

O que o ele tem de feio, tem de competente.
[Agora é só esperar as pedradas das mulheres]

The Ides Of March 
EUA , 2011 - 101 min.
Drama
Direção: George Clooney
Roteiro: George Clooney, Grant Heslov, Beau Willimon
Elenco: Ryan Gosling, George Clooney, Philip Seymour Hoffman, Evan Rachel Wood, Paul Giamatti, Jeffrey Wright, Marisa Tomei

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